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22.9.10

Novas Áreas Protegidas em Angola

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Os técnicos do Ministério do Ambiente, reunidos em conselho consultivo no Huambo, determinaram a floresta do Maiombe como uma área restrita de conservação ambiental, como modo de prevenir a degradação da sua biodiversidade.

A floresta do Maiombe, na província de Cabinda, está ameaçada devido à pressão humana fundamentada na exploração selectiva e não sustentável de madeira, na agricultura itinerante e na caça furtiva.

Para além do Parque do Maiombe o conselho consultivo aprovou também outras duas Áreas de Conservação: o Parque Nacional do Mussuma, no Moxico e Parque Nacional do Luiana, no Kuando-Kubango.

De acordo com a ministra do Ambiente, Fátima Jardim, que orienta os trabalhos, o sector está a realizar trabalhos de investigação e levantamentos para que possa aprovar novas áreas e garantir, através de políticas consertadas, a devida conservação destes espaços.





ler + sobre a Floresta do Maiombe (em inglês)

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Alterações climáticas piores do que as guerras


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Fátima Jardim, ministra do Ambiente de Angola, ao discursar nas XIV Jornadas da FESA como presidente do Comité Planeta Terra, afirmou que as alterações climáticas têm feito mais refugiados do que as guerras. Estima-se que na década passada mais de dois biliões de pessoas tenham sido afectadas pelas catástrofes naturais.

Disse Fátima Jardim que a água transforma a gestão dos recursos hídricos num dos assuntos globais prioritários para a Humanidade, pois determina a paz, o progresso universal e o futuro das condições de vida no planeta.

A gestão dos recursos hídricos pressupõe a apreciação de aspectos multidisciplinares que compreendem questões hidrogeológicas e ecológicas da qualidade da água, ordenamento do território e planeamento de critérios de segurança e sustentabilidade para qualificar o ambiente e o desenvolvimento socioeconómico.

“As recentes precipitações no Cunene, Kuando Kubango, Moxico, Luanda e outras províncias do país confirmaram o alto nível de incidência de riscos das cheias e débil gestão integrada dos recursos hídricos, sobretudo da região do Cunene que ocasionou 22 mil deslocados ambientais, casas destruídas e 85% dos agregados familiares em vulnerabilidade social extrema e insegurança alimentar”, referiu a ministra.

A água, por existir em quantidades finitas, constitui um dos pilares do desenvolvimento, daí o respeito por ela ser universal e cheia de simbolismos desde o baptismo à ciência, pois é indispensável à sobrevivência de todos os seres vivos e uma das componentes essenciais da vida.

A questão da água interpela a Humanidade no plano ético, no plano da justiça e da solidariedade, faz dedicar e abordar assuntos de interesse multidiversificado que se inscrevem em programas temáticos incluindo a economia, a ecologia, as mudanças climáticas, a tecnologia, a desflorestação e a poluição, pelo que se quer a política da água integrada na viabilidade económica de qualquer região.


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17.9.10

Baleia de Bossa Salva no Soyo




por Sheryl Maruca

A manhã de sábado, dia 17 de Julho de 2010 começou como qualquer outra no Soyo, Angola. Porém, cerca das 8:00 da manhã, um pescador aproximou-se da ponte-cais da Angola LNG e contou aos marinheiros dos barcos que aí se encontravam que tinha visto qualquer coisa invulgar dentro da baía, a cerca de 500 m de terra.

A mensagem foi comunicada ao Coordenador de Segurança, Francisco Martins, que alertou o Consultor de Vida Selvagem, Warren Klein. Com a notícia a circular nos rádios, o Consultor de Segurança da ALNG, Paul Buys, e a Directora de Desenvolvimento Sustentável,
Sheryl Maruca, dirigiram-se a uma das pontes-cais em construção para ver se conseguiam enxergar o que havia de estranho na baía. Através dos binóculos, conseguiram então distinguir um mamífero marinho qualquer que se conservava imóvel, apenas movendo uma barbatana de vez em quando. Entretanto, Warren e o Consultor de Tartarugas Marinhas da Angola LNG, Nicole Mann, foram pedir ajuda a um dos rebocadores da Base do Kwanda. Warren já estava a congeminar um plano de salvamento do bicho.

O Final Feliz

Quando todos voltaram de novo à ponte-cais da Angola LNG, Warren, Nicole, Sheryl, Paul e Martins saltaram para um dos barcos de apoio e dirigiram-se à baleia (pois era disso que se tratava), que se tinha de algum modo desorientado e entrado pela foz do Rio Congo adentro, até encalhar num baixio da Baía Diogo Cão. Tratava-se de uma baleia-de-bossa jovem com cerca de 8 metros de comprimento, que tinha encalhado no banco de areia e não conseguia libertar-se.

Nós sabíamos que as baleias-de-bossa migram da ponta meridional da África do Sul para norte, ao longo da costa atlântica, até ao mar do Gabão, onde dão à luz. Já antes as tínhamos visto no mar a cerca de um quilómetro da costa, mas nunca dentro da Baía Diogo Cão.



Antes de subirmos a bordo do barco de apoio, pegámos numa fita de nylon para a passarmos à volta da cauda da baleia. O nosso plano era, depois de laçar a cauda, rebocar o animal devagar até ao mar aberto. O plano era bom, mas de difícil concretização inicialmente, pois a baleia agitava a grande barbatana da cauda, fazendo balouçar os barcos.



Quando descobrimos que Warren Klein e Michael Broussard (da Acergy) tinham pé no baixio e podiam aproximar-se dela para passarem a fita de nylon à volta da cauda, as coisas ficaram mais fáceis — mas foram precisas algumas horas para descobrir como fazer isso e confirmar que a água era suficientemente baixa para se poder andar nela de pé. Depois de Warren e Michael terem conseguido amarrar a fita à cauda, um segundo barco em que estávamos foi ao rebocador, passou um cabo de reboque por cima da baleia e amarrou-o à extremidade da fita de nylon presa à cauda. Então o rebocador arrastou a baleia muito lentamente para o mar e logo que lá chegámos, o cabo foi puxado para permitir que o rebocador se aproximasse da baleia e, quando isso aconteceu, cortou-se a fita de nylon.






A última fotografia mostra a baleia a afastar-se e a soprar a dizer adeus.








cf. "Baleia de Bossa Salva" in Angola LNG

16.9.10

Conservação das Tartarugas Marinhas em Angola




A Angola LNG tem vindo a desempenhar um papel muito significativo na protecção da biodiversidade em Angola e no local do projecto. Quando, em 2006, se descobriu que as Tartarugas-Oliva (Lepidochelys Olivacea) nidificavam na praia norte da Ilha do Kwanda, no Soyo, deu-se uma resposta imediata visando atenuar qualquer risco que a espécie pudesse correr durante a fase de construção do projecto.

Em finais de 2006 foi dado novo passo no sentido da protecção do ambiente e da biodiversidade com a realização de um trabalho de avaliação das actividades de nidificação das tartarugas marinhas na Península da Sereia. Quando se descobriu que também esta área era utilizada como zona de nidificação e que muitas tartarugas eram caçadas e os ninhos pilhados, a Angola LNG associou-se à Wildlife Conservation Society (WCS) para pôr em execução um programa de conservação com o apoio da comunidade.
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Desde que foram iniciados, os programas de gestão das tartarugas marinhas da Ilha do Kwanda e da Península da Sereia tiveram um sucesso de 85% no que toca à taxa de nascimentos e recolheram dados vitais sobre a população das tartarugas marinhas de Angola, que estão a ser partilhados a nível nacional e internacional com organizações como a WCS.




Por outro lado, o Projecto Sereia, um programa de cooperação entre a Angola LNG e os pescadores locais, está em vias de passar para a responsabilidade dos angolanos. Os programas são actualmente dirigidos por vários consultores e um técnico da vida selvagem da Angola LNG, com a colaboração de um especialista internacional de tartarugas marinhas de renome internacional e da WCS.



cf. Programas de Controlo e Conservação das Tartarugas Marinhas, in Angola LNG.