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21.6.06

António Paxi: ambientalista

Marinha de Guerra preocupada com delimitação da plataforma continental



O chefe do Estado-maior da Marinha de Guerra Angolana (MGA), almirante António Feliciano dos Santos "Paxi", manifestou-se hoje, em Luanda, preocupado com as questões ligadas ao direito do mar, à luz da convenção das Nações Unidas, na qual uma das questões é a delimitação da plataforma continental.

"Há muito que a MGA se tem debruçado sobre assuntos atinentes ao direito do mar, no quadro da convenção da ONU, sendo uma das principais preocupações a delimitação da sua plataforma continental, sob pena do nosso país perder os benefícios das riquezas contidas no fundo do mar, fora dos limites da zona marítima exclusiva", enfatizou o almirante Paxi.

O responsável máximo da Marinha de Guerra Angolana fez esta afirmação na Base Naval de Luanda, durante a cerimónia que marcou, hoje, a abertura das jornadas alusivas ao 30º aniversário da constituição deste ramo das Forças Armadas Angolanas (FAA), a assinalar-se a 10 de Julho próximo.

Argumentou que apesar desta questão não dizer respeito especificamente à MGA, é um assunto de grande interesse para os estudiosos das ciências náuticas, nas quais muitos dos quadros do ramo se inserem, sem descurar a relevante importância para toda a sociedade".

"Os aspectos ambientais, sobretudo os ligadas ao mar, preocupam-nos. As pessoas ligadas ao mar têm, de forma geral, maior sensibilidade para a preservação do meio marítimo, que proporciona alimento e riqueza, serve de via de intercâmbio de mercadorias e pessoas, além de proporcionar espaço de lazer a milhões de seres humanos", adiantou.

O almirante Paxi enunciou que, este ano, a direcção da MGA decidiu iniciar o programa comemorativo dos 30 anos com a abordagem de questões relacionadas as ciências ligadas ao mar.

Nesta perspectiva, a abertura das jornadas foi marcada fundamentalmente por duas conferências, dedicadas ao "Espaço marítimo de Angola e a plataforma continental" e ao "Ecossistema marinho e o seu desenvolvimento sustentável", respectivamente.

Na Base Naval de Luanda os responsáveis militares e convidados assistiram ainda a actividades de carácter desportivo e cultural, no âmbito do programa das jornadas.

A Marinha de Guerra Angolana foi proclamada à 10 de Julho de 1976, como órgão militar especializado para a defesa do espaço territorial fluvial angolano.

Angop 20.06.2006




Confesso-me surpreendido. Pela positiva, digo desde já. Não estou acostumado a sentir, por parte dos responsáveis pelo Ministério da Guerra, ou similares, preocupações ambientais. Aqui, em Portugal, não!

Por estas bandas esse Ministério preocupa-se mais com submarinos. Ou será que estou enganado e trata-se apenas de escafandros para caça submarina?

Não conheço o Senhor António “Paxi”, mas tiro-lhe o chapéu, se essas preocupações forem reais (cá estão as reticências! Não estamos habituados!).

admário costa lindo

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